Qual tem sido a participação da sociedade civil moçambicana em processos eleitorais?
Esta é a questão que os investigadores do Instituto de Estudos Sociais e Económicos, Sérgio Chichava e Egídio Chaimite, procuram responder num artigo (pdf) publicado no livro “Desafios para Moçambique 2015”, no qual analisam os contornos e o impacto da participação das organizações da sociedade civil moçambicana (SCM) nos processos eleitorais, com enfoque nas eleições gerais de 2014. Os autores observam que a SCM tem desempenhado um papel fraco na fiscalização dos processos eleitorais.
Para Chichava e Chaimite, a SCM tem sido vista com muita suspeição pelos diferentes partidos políticos da oposição, que à semelhança dos órgãos de administração eleitoral é vista como estando ao serviço do partido no poder.
Os autores observam também que apesar de os doadores contribuírem para o estabelecimento e consolidação da SCM, a falta de coordenação, rivalidades e concorrência entre as diferentes organizações tem tido efeitos perversos, contribuindo não só para a sua fragmentação, mas também para a sua fragilização e desvio de foco.