“Essential for what? A global social reproduction view on the re-organisation of work during the COVID-19 pandemic”
Publicado pela Canadian Journal of Development Studies, este mais recente artigo da pesquisadora do Instituto de Estudos Sociais e Económicos (IESE), Rosimina Ali, em co-autoria com Sara Stevano e Merle Jamieson, explora o conceito de trabalho essencial através de uma lente feminista centrada numa perspectiva global de reprodução social. As pesquisadoras identificam formas de trabalho essenciais – não remunerado e informal – que estão amplamente excluídas das classificações de trabalho essencial e mostram como o significado do trabalho essencial é mais ambíguo e politizado do que pode parecer e, embora possa ser utilizado como base para resgatar o valor do trabalho socialmente reprodutivo, o seu potencial transformador depende da possibilidade de englobar as mais precárias e transnacionais dimensões do trabalho e da (re)produção social. Este argumento é sustentado com base em pesquisa primária conduzida pelas autoras em Moçambique com foco na agroindústria antes da pandemia da Covid-19, em combinação com a revisão de artigos de jornal, documentos de política, observações e evidências primárias selecionadas durante a pandemia em diferenciados contextos, além do caso de Moçambique, como são os exemplos de Itália, Inglaterra, Canada, África do Sul, Índia e Brasil.