Custo de vida e protestos populares em Moçambique
O contexto actual marcado por alguns protestos populares reclamando o custo de vida, convida-nos a reler algumas publicações sobre os protestos que tiveram lugar no país entre 2007 e 2012. O Instituto de Estudos Sociais e Económicos (IESE) recomenda a releitura de dois artigos publicados no livro “Food Riots, Food Rights and the Politics of Provision” pela Routledge em 2017.
- “Framing ‘food riots’ – Subsistence protests in international and national media, 2007-2012” analisa a cobertura dos meios de comunicação social aos protestos sociais a partir do conceito de framing. O artigo foi escrito por uma equipa do projecto ‘Food Riots and Food Rights’ (descrição do projecto aqui), com a colaboração de dois pesquisadores do IESE, Lúcio Posse e Michael Sambo, no caso das ‘revoltas da fome’ do final da primeira década dos anos 2000 no país.
- “Authoritarian responsiveness and the greve in Mozambique”, da autoria de Luís de Brito, Egídio Chaimite e Alex Shankland, discute a tradição política autoritária que tem marcado a governação em Moçambique desde a sua independência e destaca os desafios que existem na relação entre o Estado e os cidadãos, tomando como exemplos as ‘greves’ de 2008, 2010 e 2012 no país.
Para entender a questão dos protestos em Moçambique, o IESE recomenda também a leitura do livro “Agora eles têm medo de nós! – Uma coletânea de textos sobre as revoltas populares em Moçambique (2008-2012)”, organizado por Luís de Brito.