Padrões de Acumulação Económica e Dinâmicas da Pobreza – porquê este tema para a Conferência do IESE?
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Na sua intervenção de abertura da Conferência, o Director do IESE, Carlos Nuno Castel-Branco, explicou a razão deste tema genérico, tendo afirmado: “Esta temática reflecte uma abordagem de economia política para perceber os padrões e modos de acumulação e reprodução económica e social e a sua relação com padrões e dinâmicas da pobreza. Qual é o problema que queremos estudar? Em reacção ao slogan vago e repetitivo de “acabar com a pobreza absoluta”, surgiu um outro, igualmente vago, se bem que ainda não tão repetido, de “gerar riqueza”. Portanto, foi criada uma dicotomia entre “acabar com a pobreza” ou “gerar riqueza”. Será esta dicotomia real? Será a pergunta “acabar com a pobreza ou gerar riqueza?” útil e esclarecedora para alguma coisa? Será que os conceitos “pobreza” e de “riqueza” fazem sentido fora da análise de relações de classe, poder e conflito em processos de acumulação e reprodução económica e social específicos? Não serão “pobreza” e “riqueza” duas dimensões politicamente definidas do mesmo processo de acumulação, de tal modo que ambas são produzidas em simultâneo? Será, portanto, que a questão central é “produzir mais riqueza” (ou crescer mais depressa) ou “acabar com a pobreza” (ou distribuir melhor)? Ou, em vez disso, a questão deve mudar para o estudo de como é que a produção, a distribuição e a acumulação ocorrem e se interligam? Assim, mais importante do que analisar a taxa a que as várias variáveis económicas e sociais mudam (taxa de crescimento, índice de pobreza, etc.) é analisar as dinâmicas e padrões dessas mudanças, as interacções entre elas, as relações de classe, poder e conflito, tanto económico como político, que marcam os padrões de desenvolvimento em Moçambique”. Na sua intervenção, o Professor Issa Shivji demonstrou a aplicabilidade desta abordagem de economia política quando, por exemplo, argumentou que “sector informal” e “informalidade” são conceitos descritivos com fraco poder para explicar dinâmicas e padrões de acumulação e distribuição. Por conseguinte, “informalização”, como dinâmica social de reprodução da força de trabalho barata e acumulação primitiva, é melhor explicada e entendida, e é mais útil, quando é abordada no contexto mais geral dos padrões de acumulação e reprodução económica e social.